Dia Mundial da Árvore e da Poesia: Uma Celebração da Natureza e das Palavras

A 21 de março, celebra-se o Dia Mundial da Árvore e da Poesia, uma data que une duas das mais belas expressões da vida: a natureza e a arte das palavras. Este dia convida-nos a refletir sobre a importância das árvores para o equilíbrio do planeta e a reconhecer o poder da poesia como forma de expressão humana. Em Portugal e no mundo, há cidades e países que se destacam pela sua ligação íntima à poesia e à natureza, servindo de inspiração para poetas que marcaram a literatura universal. Hoje vamos explorar a relação entre árvores, poesia e lugares, destacando os locais que inspiraram grandes nomes da literatura portuguesa e mundial.

As árvores são símbolos de vida, resistência e beleza. Desde tempos imemoriais, têm sido fonte de inspiração para poetas, que nelas encontram metáforas para a existência humana. A poesia, por sua vez, é a arte de transformar palavras em emoções, de capturar o efémero e o eterno. Juntas, árvores e poesia celebram a harmonia entre o homem e a natureza. O Dia Mundial da Árvore e da Poesia é uma oportunidade para plantar uma árvore, ler um poema ou simplesmente contemplar a beleza do mundo natural. É também um momento para recordar os poetas que, através das suas palavras, nos ajudaram e ajudam a ver o mundo com outros olhos e emoções, afinal, tal como nas palavras de Fernando Pessoa:

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente.
Que chega a fingir que é dor.
A dor que deveras sente.

Portugal: Terra de Poetas e de Natureza

Portugal de Poetas, Natureza e Paz

Portugal é um país rico em tradição literária e paisagens naturais. Muitos dos seus poetas encontraram inspiração na beleza das suas florestas, rios e montanhas.

Lisboa é indissociável da obra de Fernando Pessoa, um dos maiores (se não mesmo o maior) poetas da língua portuguesa. A cidade serve de pano de fundo para muitos dos seus poemas, que capturam a melancolia e o encanto das suas ruas. Locais como o Chiado, o Café A Brasileira e a Baixa Pombalina são pontos de referência para quem quer seguir os passos do poeta. Visite a Casa Fernando Pessoa, onde o poeta viveu os últimos anos da sua vida, e explore a sua biblioteca pessoal.

Sintra, com os seus palácios e florestas exuberantes, foi fonte de inspiração para poetas como Luís de Camões e Lord Byron. Camões referiu-se a Sintra como o “glorioso Éden” no seu poema épico “Os Lusíadas“. Já Lord Byron descreveu a vila como um “paraíso terrestre” no seu poema “Childe Harold’s Pilgrimage“. Passeie pelo Parque da Pena e deixe-se inspirar pela natureza que tanto encantou estes poetas.

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Coimbra, a cidade universitária por excelência, é um berço da poesia portuguesa. Foi aqui que estudaram poetas como Eugénio de Andrade e Florbela Espanca. A Biblioteca Joanina e o Jardim Botânico são locais que convidam à reflexão e à criação poética. É a cidade da história de amor mais bela e trágica da história portuguesa, a história de D. Pedro I e Inês de Castro. A Quinta das Lagrimas e o Jardim Botânico foram o palco desta história de amor, um espaço verde que combina beleza natural e tranquilidade, ideal para ler poesia.

Florbela Espanca, uma das vozes mais intensas da poesia portuguesa, encontrou inspiração nas vastas planícies alentejanas. A sua poesia reflete a solidão e a paixão, sentimentos que ecoam na paisagem árida e melancólica do Alentejo. Visite Vila Viçosa, terra natal de Florbela Espanca, e explore o seu legado literário.

Europa: Berço de Grandes Poetas

Paris, Londres e Roma, poetas e árvores

A Europa é um continente rico em tradição literária, com cidades que inspiraram alguns dos maiores nomes da poesia mundial. Paris foi o lar de poetas como Charles Baudelaire, Arthur Rimbaud e Paul Verlaine. A cidade, com os seus cafés literários e jardins, continua a ser um ícone da cultura poética. Uma visita obrigatória para os amantes de poesia é o Cemitério do Père-Lachaise, onde repousam muitos poetas, e o Jardim de Luxemburgo, um local inspirador para a leitura.

Do outro lado do Canal da Mancha, Londres é indissociável da obra de William Shakespeare, cujas peças e sonetos marcaram a literatura mundial. A cidade também inspirou poetas românticos como William Wordsworth, que encontrou na natureza inglesa uma fonte inesgotável de inspiração. Explore o Globe Theatre, onde Shakespeare apresentou as suas obras, e os parques londrinos, como Hyde Park.

De volta ao velho continente, Roma, Itália, com a sua história milenar, inspirou poetas como Virgílio, autor da “Eneida”. A cidade é um museu ao ar livre, onde cada rua conta uma história. Visite o Fórum Romano e os Jardins da Villa Borghese, locais que evocam a grandiosidade da poesia clássica.

Resto do Mundo: Poetas de Gerações

O mundo é dos poetas

Atravessando o grande Oceano Atlântico, o continente americano também tem uma rica tradição poética, com poetas que encontraram inspiração nas suas paisagens e culturas. Nova Iorque foi o lar de Walt Whitman, cuja obra “Folhas de Relva” celebra a diversidade e a vitalidade da vida urbana. A cidade, com os seus arranha-céus e parques, continua a inspirar poetas de todo o mundo. É obrigatório um passeio pelo Central Park enquanto lê os versos de Whitman, que capturam a essência da cidade.

Buenos Aires, na Argentina, é indissociável da obra de Jorge Luis Borges, cuja poesia e prosa exploram temas como o tempo, a memória e a identidade. A cidade, com os seus cafés históricos e ruas labirínticas, é um cenário perfeito para a poesia. Visite o Café Tortoni, um local icónico frequentado por Borges e outros intelectuais.

A poesia também floresce em continentes como a Ásia e a África, onde a natureza e a cultura se entrelaçam de forma única.

Kyoto, com os seus templos e jardins zen, é o berço do haiku, uma forma poética que celebra a simplicidade e a beleza da natureza. Poetas como Matsuo Bashô elevaram esta arte a novos patamares. Visite o Templo Kinkaku-ji (Pavilhão Dourado) e inspire-se na serenidade dos jardins japoneses.

No norte de África, Marraquexe foi o lar de Ibn Arabi, um poeta e filósofo sufista (não confunda com “surfista”, embora se fosse, teria muito mais pinta!) cuja obra explora a espiritualidade e a conexão com a natureza. A cidade, com os seus jardins e mercados, é um local de inspiração. Os Jardins de Majorelle, são um oásis de tranquilidade no coração da cidade.

O Dia Mundial da Árvore e da Poesia é uma celebração da vida em todas as suas formas. As árvores lembram-nos da importância de preservar o planeta, enquanto a poesia nos convida a explorar a profundidade da alma humana. De Lisboa a Kyoto, passando por Paris e Nova Iorque, não faltam lugares que inspiram poetas e leitores, unindo natureza e palavra numa harmonia perfeita.

Neste dia, sugerimos que plante uma árvore, leia um poema ou simplesmente se sente à sombra de uma árvore para contemplar a beleza do mundo. Terminamos como começamos, com as palavras de Fernando Pessoa:

A poesia é a expressão natural do sentimento humano, tal como as árvores são a expressão natural da terra.

Celebremos, pois, a vida, a natureza e a poesia. 🌳📖

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